domingo, 22 de novembro de 2009

Meditação – entenda como somos formadas (Patty Viana)



Somos um ser trino, ou seja, espírito, alma e corpo. O espírito é a parte de nossa vida onde nos comunicamos com Deus, é aquele cantinho , que podemos chamar de coração; a alma, que é a mente, é onde estão concentrados todos os nossos sentimentos; alegria, tristeza, emoção, paixão…, onde Deus deu o sopro de vida como diz lá em Gênesis cap. 2 verso 7: “E formou Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhes nas narinas o fôlego de vida; e o homem tornou-se alma vivente”., e o corpo é essa “formosura”, que nós, mulherões, temos pra desfilar na passarela da vida.

E agora vem a pergunta: temos cuidado bem dessas áreas tão importante?

Se a resposta é “não”, pare e pense, não está na hora de começar a se preocupar com todo o seu ser?


Muitas têm uma alimentação regulada, feito exercícios físicos, está com a saúde nota 10, outras tem feito tudo isso e zelado pelos seus sentimentos, curtindo as emoções da vida com todo o entusiasmo, vivendo cada momento de maneira única. Já o lado espiritual vai ficando pra trás, e muitas só se lembram de Deus na hora do perrengue, oram, choram, clamam por socorro.

Este momento de meditação é especialmente para nos alertar de que Deus, o criador dos céus e da terra, que te formou com grande amor, merece a sua atenção. Então vai a dica: aconteça o que acontecer, na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, seja grata a Deus como diz em: I Tessalonicenses cap. 5 verso 18 “Em tudo daí graças; porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” , ofereça a Ele o seu coração como prova de gratidão por tudo que tem permitido e proporcionado em sua vida. A partir dessa atitude de entrega você vai ver como muitas coisas vão mudar, se você está bem, satisfeita, realizada, vai ficar ainda mais, já você que está triste, desiludida, decepcionada, Deus vai lhe dar paz, alegria, razão pra viver essa vida tão linda que Ele tem pra você.

Por isso, o melhor em cada despertar é a sintonia com Deus, através da boa e velha oração. Orar é colocar nos em posição de humildade perante ao Criador, seja qual for a sua crença, e dizer mesmo sem palavras: eu reservei esse tempo para o Senhor, porque acho importante ter Deus na minha vida, estou agradecendo até o que eu não vi, mas sei que recebi, pois muitos não chegaram em casa a noite passada, muitos não verão esse dia, outros tantos estão desabrigados, doentes, incomunicáveis, sofrendo dores terríveis, com medo até da própria sombra, mas você ora porque confia, porque se entrega para Deus, Ele toma a sua vida e zela por ela, cuida com carinho, porque muitos são os que dizem acreditar Nele, mas poucos os que realmente se entregam, se dedicam, ou, pelo menos se lembram de pelo menos por alguns minutos diariamente, falar com Ele. Termine a sua oração, sempre, em nome de Jesus, pois é ele o mediador entre Deus e nós. “Disse Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” João cap. 14 verso 6.

Patty Viana é educadora cristã, estudante de Teologia e leitora do BLOG MULHERÃO
Todo o texto acima foi retirado do Blog Mulherão, o mesmo, não sofreu nenhuma alteração.



sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O Filho Pródigo

Lucas 15, 11-32

Um homem tinha dois filhos.
O mais jovem disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, ajuntando todos os seus haveres, o filho mais jovem partiu para uma região longínqua e ali dissipou sua herança numa vida devassa. E gastou tudo. Sobreveio àquela região uma grande fome e ele começou a passar privações.
Foi, então, empregar-se com um dos homens daquela região, que o mandou para seus campos cuidar dos porcos. Ele queria matar a fome com as bolotas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.
E caindo em si, disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome! Vou-me embora, procurar o meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como um dos teus empregados’.
Partiu, então, e foi ao encontro de seu pai. Ele estava ainda ao longe, quando seu pai viu-o, encheu-se de compaixão, correu e lançou-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. O filho, então, disse-lhe: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho’.
Mas o pai disse aos seus servos: ‘Ide depressa, trazei a melhor túnica e revesti-o com ela, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o novilho cevado e matai-o; comamos e festejemos, pois este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado!’ E começaram a festejar.
Seu filho mais velho estava no campo. Quando voltava, já perto de casa ouviu músicas e danças. Chamando um servo, perguntou-lhe o que estava acontecendo. Este lhe disse: ‘É teu irmão que voltou e teu pai matou o novilho cevado, porque o recuperou com saúde’. Então ele ficou com muita raiva e não queria entrar. Seu pai saiu para suplicar-lhe.
Ele, porém, respondeu a seu pai: ‘Há tantos anos que te sirvo, e jamais transgredi um só dos teus mandamentos, e nunca me deste um cabrito para festejar com meus amigos. Contudo, veio esse teu filho que devorou teus bens com prostitutas, e para ele matas o novilho cevado!’
Mas o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso que festejássemos e nos alegrássemos, pois esse teu irmão estava morto e tornou a viver; ele estava perdido e foi reencontrado!

 

PASSO A PASSO

  • A parábola

    Esta é uma das mais importantes e abrangentes parábola do Novo Testamento. Apresenta-se uma versão da expulsão de Adão do Paraíso, vista pelos olhos de um evangelista — Lucas — não comprometido com a cultura judaica e com o Deus Terrível de Moisés. Uma adaptação da passagem de Adão à nova aliança de Jesus com um Deus Pai, Bom e Compreensivo, que compreende o caminho evolutivo tomado por seu Filho, e que o espera e recebe-o de volta de braços abertos! Este é bem um ensinamento de Jesus! Só poderia ter sido transcrito por Lucas, por isso que esta parábola é exclusiva deste Evangelho, não havendo referencia a ela em nenhum dos outros. Tal fato vem corroborar a atual interpretação, que passaremos agora a analisar passo a passo.
    Trata-se da representação do processo evolutivo pelo qual nós estamos passando neste eon. Mostra a passagem do Ser de um reino a outro reino, de um reino do tipo sub-hominal para o reino hominal. Esta passagem é caracterizada pelo processo evolutivo, no qual o Ser passa de um estado de harmonia com o Todo, no qual não tem consciência disto, para um estado no qual estará em harmonia com este mesmo Todo, porém conscientemente.

  • A casa do Pai

    A parábola começa mostrando que na Casa do Pai, a mônada espiritual vivia em harmonia, sem necessidade de prover sua subsistência da mesma forma que Adão no Paraíso! Aqui a mônada é o filho de um Pai que lhe é semelhante. Somos emanações da Divindade. O Filho na casa do Pai é semelhante a esse pai e guarda em si as potencialidades Dele. A tendência evolutiva normal do filho é crescer e se identificar com este Pai.

  • O despertar

    Um dia, em um dos filhos (não em todos), desperta o desejo do conhecimento; de tornar-se consciente de sua situação, de suas necessidades, de sua evolução, de conhecer da árvore do Bem e do Mal! Este pede ao Pai a sua Vida, para que, usando-a, adquira essa consciência.

  • Pedindo a Vida

    As traduções da Vulgata interpretam este pedido como "herança", dando uma conotação material no pedido do filho. No texto original grego, do evangelho de Lucas, o que o filho pede ao pai é ousia (do verbo ienai que significa "ser"), parte do ser. Logo adiante, quando o pai divide os bens, a palavra é taxativa: bios o que o filho pede verdadeiramente ao pai é a Vida! Ou, numa interpretação mais atual, o Self.

  • Consessão

    O Pai concede sua parte da Vida, para que faça dela o que em sua consciência lhe aprouver. Para que a use para o bem e para o mal, para a harmonia e para a desarmonia, para que pelo seu sofrimento, malbaratando sua vida, chegue um dia à conclusão de que a vontade da Casa do Pai é realmente a sua vontade. Para que possa um dia dizer "Eu e o Pai somo um"!

  • Identificação

    Assim o Filho parte da casa do pai para vivenciar este eon da sua evolução, que é essencialmente o período evolutivo pelo qual todos nós estamos passando. Neste eon a Humanidade caminha para conscientemente participar da Harmonia da Casa do Pai. Saindo de casa do Pai de posse da Vida (ou Self), penetra no mundo da satisfação dos sentidos. Afastando-se cada vez mais do Todo e identificando-se cada vez mais com seu ego, com a sua persona. Assim gasta toda a sua vida, vindo a passar privações — porque sobreveio uma grande fome. Situação inevitável neste caminho descendente.

  • A descida

    Estando já de posse da Persona, senhor da sua identidade e no máximo do seu egoísmo, ao invés de retornar à casa do Pai, busca encontrar o caminho por seus próprios meios, tornando-se empregado dos homens da região do mundo, os quais, por sua vez, o designam para cuidar de porcos imundos.

  • Tomada de consciência

    Nesta situação de máxima degradação, busca "encher seu estômago" (esta é a expressão da parábola) com as vagens que eram dadas aos porcos. Essa associação com estes homens nem mesmo enchia sua barriga. Não busca aplacar a fome, mas encher o estômago, como alguém que ainda está identificando a si mesmo como o seu ser material. Esta é a degradação final do Ser que desceu ao fundo do poço de identificação com a matéria. Associa-se a Lúcifer (porta luz), que é o homem dessa região. Este pode ser identificado com nossa fase de materialismo, de excessiva auto-confiança, de crença cega na ciência e na tecnologia. Que tem tentado encher a barriga do homem sem jamais aplacar a sua fome.
    Neste momento, "voltou-se para dentro de si" (a citação é literalmente esta) e disse: "quantos empregados de meu Pai têm pão com fartura, e eu aqui passando fome! Vou embora procurar meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como um dos teu empregados". Este é o grande momento da parábola, onde o Filho Pródigo compreende que o caminho para a sua felicidade está dentro de si. Que é por dentro de si que vai poder retornar à paz e à harmonia da Casa do Pai.

  • O verdadeiro despertar

    É o despertar, após um atroz sofrimento. Este verdadeiro despertar vem aqui acompanhado de um sentimento puro, de dentro do coração, que pede perdão, que sabe que pecou contra o céu e contra o pai, e que humildemente não se julga mais digno de ser o filho, mas um empregado. Não tem nada mais a ver com qualquer busca de satisfação ou de realizações mundanas.

  • O retorno

    "Partiu ao encontro do Pai!" "Ainda estava longe, quando o Pai o viu, encheu-se de compaixão, correu e lançou-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos". O pai o identifica à volta desde o momento inicial, mas o Filho Pródigo não está visível desde o inicio da jornada de volta. O Pai o vê ainda que muito longe! Enche-se de compaixão, lança-se-lhe ao pescoço, transmitindo-lhe o poder do verbo pela ativação do plexo laríngeo, para que possa, a partir daí, ter o poder de construir pela palavra. Cobrindo-o de beijos, devolve-lhe a Vida que lhe faltava, por compaixão!

  • A recepção

    O pai diz aos servos: ide depressa, trazei a melhor túnica e vesti-o com ela; ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. O pai então manda que a natureza (seus servos) o vistam com a melhor túnica, para que tenha a melhor vestimenta que este mundo lhe pode dar. Que lhe coloquem no dedo um anel, uma aliança que sele o matrimônio (que se formou na aventura) do Ego com o Eu maior. Sandálias, para que seja elevado além das coisas deste mundo de onde veio. Que matem um novilho para festejar o seu retorno.

  • O filho mais velho

    O filho mais velho só identifica a festa de muito perto, mostrando como são pequenos seus recursos. Chamando um servo, este lhe conta o retorno do irmão e a festa do pai. É um servo do pai, a própria natureza, que honestamente lhe expõe no que ficou. "Não queria entrar e o pai saiu para suplicar-lhe". Mostrando que nunca fez distinção entre os filhos.
    — "Há tantos anos que te sirvo e jamais transgredi um só dos teus mandamentos, e nunca me deste um carneiro para festejar com meus amigos. Veio teu filho, que devorou teus bens com prostitutas e para ele matas o novilho cevado!" Pede um carneiro, não um novilho, e se justifica por ter cumprido a Justiça, na qual o filho mais velho não havia sequer entrado.
    O interessante deste diálogo é que o Filho mais velho não mais se identifica como irmão do Pródigo, e se refere a ele como "teu filho". Entende a diferença que se efetuou apenas como ligada ao desperdício dos bens com prostitutas, confundindo todo o processo de crescimento evolutivo com a simples sexualidade.

  • Exortação

    O pai termina a exortação ao filho dizendo: "Teu irmão estava perdido e foi achado, estava morto e viveu!". De novo o pai afirma "teu irmão", não negando a oportunidade de desenvolvimento àquele que ficou. Estava morto e viveu — descobriu a vida eterna, à qual tantas e tantas vezes Jesus se refere em seus sermões.

  • Somos filhos pródigos

    Podemos entender como somos filhos pródigos em variados estágios da caminhada, uns mais adiante, outros mais próximos, mesmo os que inocentemente não saíram da casa do Pai, todos irmanados.

 

 

PELA HUMILDADE, JESUS RECUSOU TRAMENTO ESPECIAL


Perguntou-lhe um certo príncipe, dizendo: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus. 
Muitas vezes quando alguém nos elogia, reconhecendo algum ato de bondade ou mesmo alguma habilidade que há em nós, isso nos completa, pois nos enche de alegria e satisfação pessoal. o ego transborda, e esquecemos que somos ínfimas criaturas, e toda honra e glória a Deus pertence.
Observe o exemplo de humildade, quando Jesus Cristo tendo sido exaltado por um homem, o qual lhe chamou de "bom mestre", Ele não acolheu esse tratamento, mesmo com todo poder no Céu e na terra, mas reverenciou-se ao Pai que está no céu, como único merecedor, digno, de toda honra e glória.
E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores. E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça (Lucas 9. 57 e 58). Jesus, nunca se preocupou com o bem estar aqui na terra, viveu de maneira  simples, não tinha um lugar para repouso, porque o seu reino não é deste mundo (João 18.36).
E no Evangelho de Mateus 20.27, 28,  declarou Jesus: Qualquer que, entre vós, quiser ser o primeiro, que seja vosso servo, bem como o Filho do Homem, não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos.
Ele nos dá o exemplo de bondade, simplicidade e humildade, sendo homem de dores, puro, integro, Santo, o mais justo entre os homens, na sua infinita humildade nos diz que não veio para ser servido, mas para servir.

O FILHO NÃO USURPOU SER IGUAL AO PAI   

E a carta aos Hebreus 5.6-9, descreve: Como também diz noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque, o qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia. Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo Ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem.

E a palavra do Senhor aos Filipenses 2.5-8, recomenda, que haja em nós, o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. 

A carta aos Colossenses 3.12, 13, exorta: Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.

Em  I Pedro 2.18-25,  a palavra de Deus  alerta para que também sejamos humildes assim como humilde Jesus nos exemplificou em toda maneira de viver , e alerta: Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor ao senhor, não somente ao bom e humano, mas também ao mau; porque é coisa agradável que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente.

Porque que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus. Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas,o qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano,o qual, quando o injuriavam, não injuriava e, quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente.

Levando  Ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados. Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas, agora, tendes voltado ao Pastor e Bispo da vossa alma.

domingo, 8 de novembro de 2009

Levai as cargas uns dos outros

WMP_by_Siristhius

  - Escute a pregação do Pr. Mauro Clarck

Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.
Gálatas 6.2
Logo vemos que faz parte da vida levar cargas. (gr. barh  baros = algo pesado, carga).
Não preciso gastar tempo provando isso. Cada conhece POR SÍ essa dura realidade.
Ou alguém aqui não leva carga alguma?
No mundo, esse fato soa apenas como mais uma imposição da vida e nada mais.
O homem natural dá de ombros e diz pois é, cada um tem seus problemas, fazer o que?
E simplesmente SE ACOSTUMA em ver o outro sofrendo sem fazer nada.

O pior é que muitos vão além: procuram TIRAR de sobre si as cargas que puderem e colocar sobre os ombros dos outros.
Ou de maneira desonesta, fugindo de alguma responsabilidade, ou por abuso.
No trabalho, o astuto joga o seu trabalho para o colega tímido, que nunca diz não.
Mas nós crentes não somos do mundo e não podemos reagir como eles, jogando carga sobre os outros e nem mesmo simplesmente dando de ombros.
A orientação que temos é bem diferente: levai as cargas uns dos outros.
E o que seria exatamente essa carga que devemos uns levar dos outros?
Se houver relação com o versículo anterior (Gl 6.1), refere-se a alguma consequência de uma falta, um pecado, um tropeço espiritual do outro.
Jesus falou do sentimento terrível de culpa e amargura que pesa sobre o coração, depois de pecarmos. – Lc 21.34
Como podemos carregar esse tipo de carga para o irmão? Animando-o a confessar e depois lembrando que está perdoado, apoiando-o.
Paulo fez isso com o irmão que pecou (talvez afronta à autoridade apostólica): 2Co 2.5-8
Mas, como vimos, a palavra no grego é geral e cabe muitos tipos de carga, de peso.
Algumas sugestões de como podemos levar as cargas dos outros:
* Rm 12.15: chorando com os que choram, consolando-os, dando ombro amigo
* 1Ts 5.14: exortando os insubmissos (como Paulo fez com Pedro – G 2.11)
* 1Ts 5.14: animando os desanimados
* Fp 4.14-16: ajudando financeiramente
* At 18.24-26: ensinando quando necessário
* Mt 8.14: aliviando as enfermidades
* Ap 2.24-25: ajudando a obedecer as ordens de Jesus, que Ele mesmo chamou de carga!
Não uma carga indesejável, ou impossível de levar, ou que maltrata.
Ao contrário: a carga de Cristo é leve de suportar: Mt 11.28-30; 1Jo 5.3
Mas não deixa de ser carga, por causa da nossa carne que tende a desobedecer.
Portanto, temos de lutar e toda luta é um peso.
Fique sempre alerta para ajudar um irmão a obedecer a Cristo.
- O menino de 8 anos que incentiva o irmão de 5 a orar na hora de dormir, age assim.
- O irmão que incentiva o outro a dar o dízimo, está agindo assim.
Duas observações:
1) Alguns crentes não permitem que irmãos levem a sua carga. Aliás, nem admitem que estão carregando peso. Isso parece bonito. Mas não é. Pode ser orgulho.
Do jeito que faz parte da vida cristã levar a carga do outro, também faz parte deixar levar!
2) Para que possamos levar as cargas dos outros, temos de ter INTERESSE por eles.
Às vezes nosso interesse é tão “grande” que perguntamos “como vai” e antes do irmão abrir a boca, já dispensamos a resposta: tudo jóia, né?”.
As formigas alteram a rota quando vêem uma morta ou em situação diferente.
Sua rotina se altera quando vê um irmão precisando de ajuda?
Termino lembrando duas coisas:
1) Quem ajuda a levar as cargas dos outros, cumpre a lei de Cristo, ou seja, é extremamente importante para Ele que façamos assim.
2) Ele não espera isso de nós, mas fez assim para conosco: Is 53.4; Rm 15.1-3
Que Deus nos ajude a sermos peritos em levar as cargas uns dos outros.
Amém