"Não devemos julgar as ações e
crenças dos outros.
Cuidado pra não julgar irmão!
Aceite tudo e fique caladinho, porque você não pode fazer julgamentos de ninguém, só Deus que pode."

A tolerância é a palavra-chave
dos nossos dias. É-nos dito que devemos tolerar as idéias, palavras e ações de
cada e todo segmento da sociedade. Não podemos julgar o caráter de outras pessoas,
mas devemos aceitá-las da forma que são. O que nossos eleitos fazem em suas
vidas privadas não deve influenciar nossa visão das suas qualificações para o
cargo público. Devemos aceitar o estilo de vida dos homossexuais como
alternativas (viáveis!) às nossas. Devemos ceder aos caprichos e desejos das
feministas. Não devemos falar de Deus, para não irar os ateístas.
Esta atitude de tolerância é
encontrada até mesmo na igreja de hoje. Muitas pessoas, alegando ser cristãs,
prontamente nos lembram das palavras de Jesus que não devemos julgar (Não julgueis, para que não sejais julgados.
- Mateus 7:1) e que não podemos jogar uma pedra, pois não somos melhores que a
outra pessoa (E, como insistissem,
perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem
pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. - João 8:7). Esta
atitude demonstra muita confusão entre as igrejas. A heresia não é mais
denunciada, e os irreligiosos não são mais disciplinados. O ensino fundacional
do Cristianismo— que Jesus Cristo, o Filho de Deus que veio em carne, é o nosso
único e completo Salvador— é negado. Somos ordenados a tolerar o pensamento
religioso dos não-cristãos, pois toda religião tem um elemento de verdade nela,
e porque a salvação não é exclusivamente para os cristãos. Devemos tolerar
também em nossas igrejas as ações pecaminosas de outros. Não é da nossa conta
se duas pessoas não casadas vivem juntas! Não é da nossa conta se um membro da
nossa congregação pratica homossexualismo! Não devemos julgá-los.
Considerando este triste estado
de coisas na igreja de hoje, não é surpreendente tomar conhecimento que o texto
mais frequentemente citado da Escritura não é mais (Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. - João
3:16) , mas (Não julgueis, para que não
sejais julgados. - Mateus 7:1), como recentemente ouvimos por ai. No
passado éramos lembrados: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira ...” Este
versículo, erroneamente interpretado como ensinando a mentira do Arminianismo
de que Deus ama toda pessoa, tinha a intenção de confortar toda pessoa que cria
nele. “Deus me ama! Tudo está bem comigo!”. Hoje somos lembrados: “Não
julgue!”. Esta mudança parece ser lógica. Se Deus me ama e cada outra pessoa,
então ele não encontra nenhuma falta em nós, nossas ações e nossas ideias. E se
ele não encontra nenhuma falta em nós, não deveríamos encontrar nenhuma falta
uns nos outros. Contudo, a lógica falha. Ela procede de uma premissa errada,
que Deus ama todo homem, e de uma suposição errada, que um Deus que ama uma
pessoa ignora ou tolera os pecados da mesma. Assim, a conclusão também é
errônea. Na realidade, a mudança do texto da Bíblia mais frequentemente citado
indica a impiedade crescente da nossa sociedade. No passado, Deus recebia a
ênfase, embora erroneamente entendido. Agora a ênfase cai sobre o homem, ao
ponto que em certas situações, devemos ser cuidadosos para não mencionar o nome
de Deus! O homem é deus, livre para construir suas próprias ideias de
moralidade. E o fundamento básico para a moralidade é seu pensamento: “Eu sou
bom. Você é bom. Concordemos em não achar nenhum mau em ninguém.”
Há um grupo de pessoas, contudo,
que a sociedade permite que julguemos, e para com quem podemos ser
intolerantes: aqueles que julgam a moralidade moderna como errônea, e não a
toleram! Neste último grupo os cristãos verdadeiros devem encontrar a si
mesmos, e a verdadeira igreja de Jesus Cristo deve encontrar a si mesma.
Devemos julgar a visão prevalecente de tolerância como errônea, pois ela não é
bíblica. A Escritura é a única base para a nossa moralidade.
Neste blog examinaremos em maior
detalhe a visão prevalecente de tolerância à luz da Escritura. Minha conclusão
será que esta visão é perigosa e ímpia. Examinaremos então em detalhe as
passagens da Escritura que são mais pertinentes ao assunto. A partir destas
passagens, veremos que julgar é o chamado de Deus para o cristão. Embora Deus
coloque algumas restrições sobre como devemos julgar e mostrar intolerância,
ele não nos proíbe de sermos intolerantes.
A Visão Prevalecente De Tolerância
Esta visão (jugar é errado) que
prevalece hoje pode ser explicada adicionalmente a partir de um ponto de vista
negativo e positivo.
Negativamente, a visão é que
nossa atitude para com as ideias ou ações de outros nunca deve ser uma de
intolerância. Uma atitude de intolerância é errônea por diversas razões, somos
informados. Primeiro, ela manifesta ódio; assim, é moralmente errada. O próprio
Deus condena a intolerância ao proibir-nos de julgar (Mateus 7:1) e ao nos
ordenar que amemos uns aos outros. Tolerância é uma expressão de amor. Em
segundo lugar, esta atitude revela arrogância da nossa parte ao pensar que
somos melhores que a outra pessoa, que nossa visão é a única correta, e que
nossa maneira de fazer as coisas é a única certa. Este pensamento arrogante
nega a bondade inerente de cada pessoa, que foram criadas à imagem de Deus (de
acordo com os proponentes da tolerância). Uma atitude de intolerância é errônea,
em terceiro lugar, porque por ela julgamos uma pessoa sem tentar entendê-la ou
o que a faz agir ou pensar da forma que o faz.
Porque esta atitude de
intolerância é errada, não devemos demonstrar a mesma falando contra as ideias
ou práticas de outros. Não devemos condenar aqueles que favorecem e praticam o
aborto, pois não entendemos as dificuldades que a mulher grávida suporta e suportará
se ela tiver o seu bebê. Não devemos condenar a homossexualidade, pois Deus
criou os homossexuais à sua imagem, e sua orientação sexual é uma parte desta
criação. Além do mais, os homossexuais são tão capazes quanto os heterossexuais
de guardar de lei de Deus com respeito ao amor, sendo féis aos seus parceiros.
Não devemos condenar aqueles cujas visões teológicas, sociais ou políticas
difiram das nossas, pois Deus deu a cada um de nós uma mente, e cada um de nós
é livre para usar a mente da forma que desejar. Em adição, o fato que a Bíblia
tem sido interpretada de muitas maneiras diferentes por muitas pessoas, igrejas
e denominações diferentes, indica que não há uma única visão correta da Bíblia
e dos seus ensinos.
Declarado de uma maneira positiva,
esta visão prevalecente é que devemos tolerar aqueles que diferem de nós em
pensamento e prática. Tal tolerância incluiria amor, compaixão e entendimento
pelos outros. Em adição a tolerar estas pessoas, deveríamos aprovar suas visões
e práticas como legítimas. Talvez nossas visões e práticas ainda diferirão das
outras pessoas, mas não porque a nossa é inerentemente correta e a deles
inerentemente errônea, pois todas as pessoas, a despeito de suas visões e
práticas, são pessoas boas.
Esta visão de tolerância tem
implicações específicas para a igreja de Cristo.
Primeiro, não devemos pregar um
evangelho exclusivo de salvação através de Cristo somente. Não devemos ver os
ensinos de outras religiões—Judaísmo, Mormonismo, Budismo e todas as
outras—como inerentemente errôneas. Não podemos dizer ao judeu, mórmon ou
budista que ele deve se arrepender dos seus pecados contra os quatro primeiros
mandamentos da lei de Deus, e chegar ao conhecimento do Deus verdadeiro que se
revelou em Cristo. Antes, devemos aprovar os ensinos do Judaísmo, Mormonismo,
Budismo e outras religiões; apresente-as como alternativas viáveis para a fé
cristã; e encoraje os membros das nossas igrejas a incorporar em suas vidas
tudo de bom encontrado nestes ensinos.
Segundo, isto afeta nossa obra
missionária. Nossa obra missionária não deve consistir de levar os outros à fé
e ao arrependimento, mas de ajudar o pobre, o enfermo, e outros que necessitem
de ajuda física e econômica. Deveríamos também ser mais ambiciosos em
desenvolver contatos com outras religiões, descobrindo os bons aspectos de seus
ensinos e práticas, e incorporando-os aos nossos próprios ensinos e práticas.
Terceiro, não devemos disciplinar
aqueles que cremos estar vivendo em pecado ou ensinando o que é contrário ao
nosso entendimento das verdades fundamentais da Escritura. Antes, lembrando que
todos nós pecamos, devemos permitir que os membros que estão vivendo em pecado
permaneçam como membros ativos, participando livremente da mesa do Senhor.
Devemos até mesmo encontrar algo de bom em suas ações, e recomendar que outros
membros sigam o bom exemplo que este membro de alguma forma mostrou. Uma pessoa
que imite mais a Jesus verá a outra pessoa como um irmão, fará que ela se
lembre que é uma boa pessoa, encorajá-la-á em seu pecado, e lembrá-la-á que
Deus está satisfeito.
(...)
OBS.: Esse artigo estará dividido em algumas partes que ainda não sei quantas, aguarde as demais....
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