Quanto vale um segredo?
Quem o tem, é quem sabe.
Certo senhor, ocupava a função de “guarda de linha” num determinado trecho de uma linha férrea, onde tinha a responsabilidade de estar sempre verificando as condições da estrada, comunicando quaisquer anormalidades aos seus superiores e, em casos excepcionais, de última hora, avisando os maquinistas dos trens por ali em circulação.
Certa noite, sob chuvas muito intensas, um “pontilhão” por onde passava a via férrea, caiu, e o guarda saiu, tarde da noite e sob muita chuva, para avisar o maquinista que logo passaria por ali com sua composição. Seu esforço foi em vão, e o trem prosseguiu como se não houvesse nada, caindo logo a seguir no precipício, causando a morte e o ferimento de muitas pessoas.
O dito “guarda”, além da enorme tristeza pelo acidente, ainda foi responsabilizado pelo ocorrido e devidamente processado. Evidentemente que não queria ser condenado e preso, pois, afinal de contas – pensava - tinha sua família para cuidar. Lamentava profundamente a tragédia, sabia que falhara no desempenho de sua função, mas nem por isso se renderia à sentença sem antes lutar pela sua liberdade. Foi assim que, a seu modo, pediu muito a Deus que não permitisse aos seus julgadores, que lhe perguntassem coisa alguma sobre “o seu grande segredo”. O julgamento transcorreu, como normalmente ocorre, com infinidades de perguntas lhe sendo dirigidas, sobre sua ida ao local, sobre o ter levado a lanterna, sobre o ter sacudido-a, conforme era a orientação, sobre o ter se posicionado bem, de modo visível para o maquinista. Coisas assim. Suas respostas, todas verdadeiras, indicavam que ele fizera tudo o que era de mister fazer, razão pela qual, ao final, foi absolvido.
Finalmente absolvido, levou consigo “o seu grande segredo”, da resposta negativa que, temente a Deus, que era, indubitavelmente daria, se perguntado fosse, mas que ninguém lhe fez, em momento algum do processo: - “O senhor acendeu a lanterna?” Ele, aflito por tudo o que estava acontecendo, se esquecera de acender a lanterna.
Fazendo um paralelo com o fato de que aquele homem tinha um segredo, que o livrou de alguns anos de cadeia, os quais, certamente determinariam dias bem diferentes para sua família já nem tão privilegiada com ele em liberdade, queremos delatar o segredo de alguns, espalhados por todos os lugares deste planeta, segredo este desconhecido de muitos: Jesus “veio para o que era seu (os homens), e os seus (a maioria) não O receberam (porque preferiram receber “outros – meios ou pessoas” para ser seu salvador). Mas, a todos quantos O receberam – entendam – deu-lhes o poder de serem feitos (transformados) filhos de Deus”. Este, o segredo dos filhos de Deus!
por Pr. Milton de Oliveira
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